Díli, Timor-Leste 30/07/2007 10:15 (LUSA)
Temas: Política, Parlamento, Partidos e movimentos
Díli, 30 Jul (Lusa) - Fernando “La Sama” de Araújo, líder do Partido Democrático (PD), derrotou hoje o candidato da Fretilin na eleição do presidente do Parlamento Nacional de Timor-Leste, no primeiro dia da nova legislatura.
O presidente do PD obteve 41 votos, num plenário de 65 deputados, vencendo o deputado da Fretilin Aniceto Guterres, que obteve 24 votos.
A eleição de Fernando “La Sama” para o segundo cargo na hierarquia do Estado foi saudada pela oposição como “uma indicação forte para o Presidente da República sobre quem convidar para formar governo”, afirmaram à agência Lusa vários dirigentes da Aliança para Maioria Parlamentar (AMP).
O PD é um dos quatro partidos que integram a AMP e que pretende formar um governo alternativo à Fretilin, que venceu as legislativas de 30 de Junho sem maioria absoluta.
Mari Alkatiri, secretário-geral e deputado da Fretilin, pelo contrário, declarou à Lusa que espera que José Ramos-Horta “não veja nenhuma indicação” na eleição de hoje sobre quem deve ser convidado a formar governo.
“Não temos dúvidas de que a Fretilin, como partido mais votado, será a escolha do Presidente da República”, acrescentou o ex-primeiro-ministro.
O novo parlamento, que tem menos 33 deputados do que o anterior, foi eleito para uma legislatura de 5 anos.
PRM
Lusa/fim
Monday, July 30, 2007
A oposição à Fretilin vê na eleição de Fernando "La Sama" de Araújo para presidente do parlamento "uma indicação clara" para o chefe de Estado convida
Díli, Timor-Leste 30/07/2007 11:47 (LUSA)
Temas: Política, Parlamento, Partidos e movimentos
Díli, 30 Jul (Lusa) - A oposição à Fretilin vê na eleição de Fernando "La Sama" de Araújo para presidente do parlamento "uma indicação clara" para o chefe de Estado convidar a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) a formar governo.
Fernando "La Sama" de Araújo é presidente do Partido Democrático (PD), um dos quatro partidos da AMP que pretendem formar o IV Governo Constitucional, em alternativa à Fretilin.
A Fretilin venceu as eleições de 30 de Junho sem maioria absoluta, pelo que, um mês depois o país continua a aguardar pla formação do IV governo constitucional.
À falta de um acordo entre a Fretilin e a AMP para a formação de um governo "de grande inclusão", José Ramos-Horta deverá decidir quarta-feira, 01 de Agosto, sobre quem vai chamar à governação.
"Esta eleição dá razões concretas ao Presidente da República para convidar a AMP", afirmou Fernando "La Sama" de Araújo, sublinhando que não quer fazer mais comentários dado que agora é presidente do parlamento.
"Hoje era um teste para se verificar se a AMP cumpria a sua promessa de estabilidade com maioria no parlamento e passámos esse teste", declarou Mário Viegas Carrascalão, presidente do Partido Social-Democrata e um dos líderes da Aliança.
"De acordo com a indicação que temos, o Presidente vai decidir a partir do resultado da eleição de hoje", acrescentou o líder do PSD e ex-governador de Timor-Leste designado pela Indonésia quando ocupou o território.
Entre o partido maioritário, a convicção é diferente, "porque em política 2+2 nem sempre são quatro", como disse à Lusa um dirigente da Fretilin à saída do plenário.
"Não vejo nenhuma indicação nesta eleição e espero que o Presidente também não veja", declarou o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, à agência Lusa.
"Não temos dúvida de que a Fretilin, como partido mais votado, será a escolha do Presidente da República para formar governo", acrescentou o ex-primeiro-ministro.
Aniceto Guterres, o candidato derrotado por Fernando "La Sama" de Araújo, respeitou o resultado mas afirmou à Lusa que "democracia e política são coisas diferentes".
"Quando a votação ocorre com um bloco que já está formado por razões políticas, a democracia deixa de funcionar", queixou-se o deputado da Fretilin, um ex-elemento da RENETIL, a organização de juventude da Resistência que foi liderada por Fernando "La Sama" de Araújo.
O sucessor de Francisco Guterres "Lu Olo" foi eleito por 41 votos contra 24.
A Fretilin tem 21 assentos no parlamento mas tanto Mari Alkatiri como Aniceto Guterres levantaram a hipótese de nem toda a bancada ter votado no seu candidato.
Mesmo admitindo que Aniceto Guterres obteve todos os votos da Fretilin, notaram dirigentes do partido e da oposição, "fica por saber qual dos aliados da Fretilin dividiram o seu voto": a Aliança Democrática KOTA/PPT (dois assentos) ou a UNDERTIM (dois assentos).
PRM
Lusa/fim
Temas: Política, Parlamento, Partidos e movimentos
Díli, 30 Jul (Lusa) - A oposição à Fretilin vê na eleição de Fernando "La Sama" de Araújo para presidente do parlamento "uma indicação clara" para o chefe de Estado convidar a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) a formar governo.
Fernando "La Sama" de Araújo é presidente do Partido Democrático (PD), um dos quatro partidos da AMP que pretendem formar o IV Governo Constitucional, em alternativa à Fretilin.
A Fretilin venceu as eleições de 30 de Junho sem maioria absoluta, pelo que, um mês depois o país continua a aguardar pla formação do IV governo constitucional.
À falta de um acordo entre a Fretilin e a AMP para a formação de um governo "de grande inclusão", José Ramos-Horta deverá decidir quarta-feira, 01 de Agosto, sobre quem vai chamar à governação.
"Esta eleição dá razões concretas ao Presidente da República para convidar a AMP", afirmou Fernando "La Sama" de Araújo, sublinhando que não quer fazer mais comentários dado que agora é presidente do parlamento.
"Hoje era um teste para se verificar se a AMP cumpria a sua promessa de estabilidade com maioria no parlamento e passámos esse teste", declarou Mário Viegas Carrascalão, presidente do Partido Social-Democrata e um dos líderes da Aliança.
"De acordo com a indicação que temos, o Presidente vai decidir a partir do resultado da eleição de hoje", acrescentou o líder do PSD e ex-governador de Timor-Leste designado pela Indonésia quando ocupou o território.
Entre o partido maioritário, a convicção é diferente, "porque em política 2+2 nem sempre são quatro", como disse à Lusa um dirigente da Fretilin à saída do plenário.
"Não vejo nenhuma indicação nesta eleição e espero que o Presidente também não veja", declarou o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, à agência Lusa.
"Não temos dúvida de que a Fretilin, como partido mais votado, será a escolha do Presidente da República para formar governo", acrescentou o ex-primeiro-ministro.
Aniceto Guterres, o candidato derrotado por Fernando "La Sama" de Araújo, respeitou o resultado mas afirmou à Lusa que "democracia e política são coisas diferentes".
"Quando a votação ocorre com um bloco que já está formado por razões políticas, a democracia deixa de funcionar", queixou-se o deputado da Fretilin, um ex-elemento da RENETIL, a organização de juventude da Resistência que foi liderada por Fernando "La Sama" de Araújo.
O sucessor de Francisco Guterres "Lu Olo" foi eleito por 41 votos contra 24.
A Fretilin tem 21 assentos no parlamento mas tanto Mari Alkatiri como Aniceto Guterres levantaram a hipótese de nem toda a bancada ter votado no seu candidato.
Mesmo admitindo que Aniceto Guterres obteve todos os votos da Fretilin, notaram dirigentes do partido e da oposição, "fica por saber qual dos aliados da Fretilin dividiram o seu voto": a Aliança Democrática KOTA/PPT (dois assentos) ou a UNDERTIM (dois assentos).
PRM
Lusa/fim
A primeira discussão no novo parlamento
Díli, Timor-Leste 30/07/2007 12:14 (LUSA)
Temas: Política, Parlamento, Partidos e movimentos
Díli, 30 Jul (Lusa) - A primeira discussão no novo parlamento aconteceu ainda antes de os deputados tomarem posse formal dos seus assentos, a propósito do número de assentos parlamentares da coligação ASDT/PSD.
A Associação Social Democrática Timorense (ASDT), de Francisco Xavier do Amaral, e o Partido Social-Democrata (PSD), de Mário Viegas Carrascalão, concorreram em coligação às legislativas de 30 de Junho mas pretendem ter bancadas distintas no parlamento.
A questão surgiu quando cada bancada parlamentar foi chamada a apresentar um representante para a Comissão de Verificação de Poderes dos deputados.
Mari Alkatiri, secretário-geral e deputado da Fretilin, jurista de formação, apresentou um ponto de ordem, "por decoro profissional", questionando "haver duas bancadas para uma lista única".
Mário Viegas Carrascalão, presidente do PSD, respondeu-lhe que essa era uma "objecção irrelevante" porque "não existem ainda bancadas".
Perante a insistência de Mari Alkatiri, o líder do PSD sugeriu ao líder da Fretilin que dissesse em plenário "quando e em que local foram formadas as bancadas parlamentares para esta segunda legislatura".
Francisco Guterres "Lu Olo", que presidiu a esta primeira sessão do novo parlamento até à eleição de Fernando "La Sama" de Araújo, atalhou a troca de argumentos, que se alargava a mais deputados.
Manuel Tilman, presidente do partido KOTA (União dos Filhos Heróicos das Montanhas de Timor) e cabeça-de-lista da Aliança Democrática, a coligação do KOTA com o Partido do Povo de Timor (PPT), perguntou, para gáudio do plenário, se a AD "também podia formar duas bancadas".
A AD KOTA/PPT tem dois assentos no parlamento.
A Comissão de Verificação, "que tem carácter ad-hoc e cumpre uma função técnica", como sublinhou "Lu Olo" para atalhar a polémica, apurou a lista dos 65 deputados.
Há oito bancadas parlamentares na nova legislatura.
PRM
Lusa/fim
Temas: Política, Parlamento, Partidos e movimentos
Díli, 30 Jul (Lusa) - A primeira discussão no novo parlamento aconteceu ainda antes de os deputados tomarem posse formal dos seus assentos, a propósito do número de assentos parlamentares da coligação ASDT/PSD.
A Associação Social Democrática Timorense (ASDT), de Francisco Xavier do Amaral, e o Partido Social-Democrata (PSD), de Mário Viegas Carrascalão, concorreram em coligação às legislativas de 30 de Junho mas pretendem ter bancadas distintas no parlamento.
A questão surgiu quando cada bancada parlamentar foi chamada a apresentar um representante para a Comissão de Verificação de Poderes dos deputados.
Mari Alkatiri, secretário-geral e deputado da Fretilin, jurista de formação, apresentou um ponto de ordem, "por decoro profissional", questionando "haver duas bancadas para uma lista única".
Mário Viegas Carrascalão, presidente do PSD, respondeu-lhe que essa era uma "objecção irrelevante" porque "não existem ainda bancadas".
Perante a insistência de Mari Alkatiri, o líder do PSD sugeriu ao líder da Fretilin que dissesse em plenário "quando e em que local foram formadas as bancadas parlamentares para esta segunda legislatura".
Francisco Guterres "Lu Olo", que presidiu a esta primeira sessão do novo parlamento até à eleição de Fernando "La Sama" de Araújo, atalhou a troca de argumentos, que se alargava a mais deputados.
Manuel Tilman, presidente do partido KOTA (União dos Filhos Heróicos das Montanhas de Timor) e cabeça-de-lista da Aliança Democrática, a coligação do KOTA com o Partido do Povo de Timor (PPT), perguntou, para gáudio do plenário, se a AD "também podia formar duas bancadas".
A AD KOTA/PPT tem dois assentos no parlamento.
A Comissão de Verificação, "que tem carácter ad-hoc e cumpre uma função técnica", como sublinhou "Lu Olo" para atalhar a polémica, apurou a lista dos 65 deputados.
Há oito bancadas parlamentares na nova legislatura.
PRM
Lusa/fim
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