Timor-Leste: Comunidade internacional de dadores pede fim da violência
Díli, 31 Mai (Lusa) - Portugal e outros 14 países e instituições financeiras que dão ajuda a Timor-Leste lançaram hoje um apelo aos grupos em conflito para porem fim à violência no território.
Em comunicado, esta "Comunidade Internacional de Dadores" afirma que Timor-Leste tem de proteger as conquistas que alcançou desde que há sete anos se tornou independente da Indonésia.
A "nação mais nova do mundo, Timor-Leste, recuperou da devastação causada pela crise de 1999 com grandes passos, ao construir a sua economia e criar um serviço público a partir do zero", diz o comunicado.
"Estes ganhos, que foram obtidos graças a esforços significativos do povo timorense, não podem ser destruídos pela violência e o conflito", sublinha.
"A pedido de Timor-Leste, Portugal, Austrália, Malásia e Nova Zelândia responderam atempadamente para restaurar a segurança em Díli.
Esperamos que (esta resposta) crie um ambiente em que Timor-Leste possa recuperar", afirma.
O documento refere que "todos os envolvidos devem aproveitar a oportunidade de diálogo entre eles e com a população para encontrarem uma solução pacífica".
A "Comunidade Internacional de Dadores" congratula-se ainda com a chegada, esta semana, a Díli de Ian Martin, enviado especial das Nações Unidas.
Além de Portugal, subscrevem o comunicado a Austrália, Brasil, Estados Unidos, Finlândia, Irlanda, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Suécia e Reino Unido, e ainda a Comissão Europeia, Banco Asiático de Desenvolvimento, Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial.
Timor-Leste, em particular Díli, vive uma situação de violência desde o final de Abril, depois de cerca de 600 soldados terem sido desmobilizados das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), após protestos contra alegados actos de discriminação étnica por parte dos superiores hierárquicos.
A crise agravou-se com a deserção de efectivos das F-FDTL e da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e após confrontos entre elementos das duas forças e grupos de civis armados, que provocaram vários mortos, as autoridades timorenses pediram ajuda militar e policial à Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal para repor a ordem.
De acordo com a ONU, a situação de violência em Timor-Leste deixou 60.000 desalojados.
CM/VM/EJ.
Lusa/Fim
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